sexta-feira, 19 de outubro de 2012


POESIAS. LENDO E ESCREVENDO.

A Poesia deve ser a expressão do corpo e da alma, sendo passada nas entrelinhas ou explicitamente na poesia. A poesia é uma arte que deve revelar nossos verdadeiros sentimentos, portanto o poeta deve se inspirar na mais profunda reflexão, obra prima, natureza, vida,..., o poeta deve abrir seus sentimentos, ser flexível e se entregar ao surreal da vida, porém, sem perder a essência da realidade que nos cerca. O poeta deve ver e interpretar o lado ruim de um show de palhaçada, e ver o lado espetacular de simples acontecimentos do dia a dia, como o vôo de uma borboleta ou formigas “trabalhando”. Quem lê uma poesia deve se preparar antes que comece a ler, o leitor deve ler com clareza, e buscar o significado de cada palavra desconhecida, para que compreenda o sentido de cada colocação do poeta. O leitor também deve ler com emoção para fazer com que a poesia fecunde sua mente e coração, consequentemente levando-o a se ver na história que a poesia transmite. O leitor deve devorar cada linha e repensar sobre o que leu para que tire mais de uma conclusão sobre o assunto, isso fará com que haja questionamentos e interesse. O leitor deve debater o assunto com outros leitores para que haja trocas de pensamentos, assim nos fazendo conhecer todos os detalhes da poesia. Agora é só praticar!

 Autoria: Lázaro Ferreira Braun

Temporal

La vem vindo, La vem vindo
Um enorme temporal
Varrendo as folhas do chão
E balançando meu varal.
As árvores dançam continuamente
E os animais acordam com a água
As Senhoras dentro de casa
Se protegendo do vento que arrasa.
Sinto o cheiro da terra molhada
E o vento a espancar a vidraça
Sinto o frio da madrugada
Vejo os primeiros raios que nascem.

          Lázaro Ferreira Braun
20/02/2011

Seu Juca

Meu vizinho muito velhinho
Que adorava contar histórias,
De seu tempo de menino,
Que hoje vive em sua memória.
Seus cacoetes inesquecíveis
 Não deixaria de lembrar
Raspava sempre a garganta,
Seu cachimbo não parava de “pitar”.
Seu cabelo bem branquinho
Todo mundo respeitava,
Do mais velho ao mais novo,
Pra quem suas histórias contava
Lázaro Ferreira Braun
19/02/2011

Se eu acreditar...

Deus, onde estás?
Minha vida está em desarmonia com o amor
E a terra entre meus dedos é tão áspera e quente...
Não sinto mais amor!
Te procuro mais não te acho,
Deus onde estás?
Os homens esqueceram de tudo que há em volta
Só você pode estancar este sofrimento
Eu acredito no futuro que você tem para minha vida
E no amor que você tem por nós.
Vinde ao nosso auxílio.
Lázaro Ferreira Braun
23/01/11 

Que saudade do meu sapo

Depois do primeiro beijo, já não era mais um sapo, o meu amor,
Meu sapo virou um monstro!
Você pensou que viraria um príncipe, não é?
Sim ele é!
Porém humano também.
Lázaro Ferreira Braun
23/01/11

Minha Rosa cor de Rosa

Cor de rosa, era a Rosa!
Única Rosa, rosa, do meu Roseiral,
Minha querida Rosa, rosa,
Doce como Dona Rosa,
Que adorava cheirar uma Rosa
Seja lá qual fosse à cor,
Mas tinha que ser a Rosa
Do meu lindo Roseiral.
Lázaro Ferreira Braun
12/01/11

Egoísmos de um menino

O que eu fiz com o Mundo?
Porque essa punição?
Me perdoe, senhora Vida, caso tenho sido um menino muito mal!
Eu só quero ser feliz...
Eu só não queria olhar para traz e lamentar minhas perdas,
Meus erros, dúvidas e injustiças.
Por mais que eu tente, as coisas não andam tão boas para min.
Pensei que minha força e vontade de ser feliz fossem maiores que qualquer barreira,
Mas vejo que o mundo gira e necessito da felicidade do mundo para me sentir bem,
Agora enxergo meu erro, e o umbigo dos outros também!
Me perdoe, senhora Vida, caso tenho sido um menino muito mal!

Lázaro Ferreira Braun
12/01/11

Do lado de lá

Da janela do meu quarto
Eu vejo milhares de coisas,
Entre elas o meu amor
Que brilha entre as montanhas
E me desperta com seu calor.
Da janela do meu quarto
Eu vejo milhares de coisas,
Entre elas, meu Senhor,
Que nas entrelinhas da natureza
Percebo quão grande é seu amor.
Da janela do meu quarto
Eu vejo quase de tudo
Só não vejo todo o mundo
Porque o dia dorme ligeiro.
                                                      Lázaro Ferreira Braun
                                                                       18/02/2011 

Rara Chance
Solta pipa,
Joga bola,
Brinca de amarelinha,
Brincadeiras de criança
De menino e de menina.
Brinca de Boleba,
Carrinho de Rolimã,
Brinca de Boneca,
Se transforma em Peter pã.
Brinca de casinha
De índio ou de doutor.
Mas isso é raramente
Quando gente é considerada gente
Quando criança vive como criança
E não apressa o tempo da vida.
Lázaro Ferreira Braun
23/11/10

TRAVA TRAIÇOEIRA

Trava, trava língua,
Ninguém se atreve a falar
A trava que trava minha língua
Quando começo a falar trá, trá, trá...
Trava língua, ufa consegui!

Trava traiçoeira
Que trava minha língua,
Quando falo uma trava
Trava, trava língua
          Lázaro Ferreira Braun
27/11/2010

Precisam-se de Humanos

Precisam-se de humanos que saibam amar e respeitar o próximo, que saibam sonhar mantendo os pés no chão, humanos racionais que hajam com a cabeça e o coração e não com o impulso de destruição, precisam-se de humanos que saibam dizer a verdade, que saibam separar o certo do errado e fazer o certo, precisam-se de humanos que sonhem alto, que pensem no futuro do futuro protegendo seu lar e suas crias, precisam-se de humanos que inovem o diferente e criem idéias jamais vistas e surpreendam os olhos de quem vê, precisam-se de humanos que não sejam hipócritas com si mesmos e com a população mantendo uma máscara porca e suja que passa para os outros uma sensação de horror, precisam-se de humanos que sejam solidários com sua raça e protejam sua dignidade, precisam-se de humanos que sejam somente humanos.

                                        Lázaro Ferreira Braun
                                                  12/12/09

O mendigo
Vira latão!
Vira latinha,
E nunca acho uma sardinha
Vira latinha!
Vira latão,
E nunca acho nada de bom.
Um cobertor vira jornal,
E passo a noite como um animal
Um colchão vira papelão,
Passo minha noite jogado ao chão.
Passo a noite na cidade sem saber o que fazer
E então eu sonho com o próximo dia
De uma oportunidade poder, eu, ter.
Vira latão!
Vira latinha,
E assim...
Prossigo na miserável vida.
Lázaro ferreira Braun
26/11/10

O Futuro do Amanhã

 O futuro do amanhã, como será?
 Cheio de guerra?
 Luta por água?
 Comida e lugar?
A terra será como o Sol, que todos os dias se esquentará com a erupção do nervo de alguém, vivemos num país sedento, egoísta e errado, onde a dignidade de ninguém é levada a sério.
O futuro do amanhã, como será?
Lázaro Ferreira Braun
12/12/09

Natureza
Bela, colorida, alegre...
Animais selvagens
Indomáveis
Água pura e limpa
É a antiga natureza querida

A atual não é tão assim
Ela é só preto e branco, sem vida
Animais famintos e sem lugar
Árvores queiman e o ar fica sujo
Assim morre, catastroficamente, a querida natureza

Há que saudade daquele ar que morreu...
Daquele paraíso natural, Daquele tesouro.
Pela manhã, Cheiro de terra molhada
Era tudo cor de céu, cor de arco-íris
Era tudo da cor da antiga natureza.
Lázaro Ferreira Braun
20/02/10

Minha Brasília verde
Nunca vi outra igual
Brasília chamativa
Atrai os curiosos
Quando seu nariz empina

Brasília formosa
Toda cheia de graça
Mostra sua simples beleza
Usando o olhar numa simples piscada

Brasília da cor verde, da cor das nossas matas,
Com uma cor esplêndida, onde passa “abafa”,
Cor de vencedores, Cor de gigantes
Gigantes bravos de força tamanha
Que as outras raças espanta.
Lázaro Ferreira Braun
13/12/09

Minha Brasília verde
Nunca vi outra igual
Brasília chamativa
Atrai os curiosos
Quando seu nariz empina

Brasília formosa
Toda cheia de graça
Mostra sua simples beleza
Usando o olhar numa simples piscada

Brasília da cor verde, da cor das nossas matas,
Com uma cor esplêndida, onde passa “abafa”,
Cor de vencedores, Cor de gigantes
Gigantes bravos de força tamanha
Que as outras raças espanta.
Lázaro Ferreira Braun
13/12/09

Minha Brasília verde
Nunca vi outra igual
Brasília chamativa
Atrai os curiosos
Quando seu nariz empina

Brasília formosa
Toda cheia de graça
Mostra sua simples beleza
Usando o olhar numa simples piscada

Brasília da cor verde, da cor das nossas matas,
Com uma cor esplêndida, onde passa “abafa”,
Cor de vencedores, Cor de gigantes
Gigantes bravos de força tamanha
Que as outras raças espanta.
Lázaro Ferreira Braun
13/12/09

Brilho Natural
Ao cair da tarde
O sol se deita
A lua acorda
As estrelas brilham
Minha alegria chora

Eu quero sol, quero verão
Não quero viver na escuridão
Meus olhos pedem para brilhar
Como um leão voraz
Quero crescer cada dia mais

Não quero dormir pro tempo
Quero que o tempo durma pra min
Quero viver, quero crescer
Quero evoluir,
Pro mundo todo ver
Que eu posso e sou quem quero ser
Lázaro Ferreira Braun
13/12/09

Anjos das Ruas
Anjos que não voam
Anjos sem santidade
Cobram a hora
E vivem em liberdade

Anjos corrosivos, que se maltratam
Machucam suas almas
Se chicoteiam, se humilham
Se arrasam

Devem ordem ao maior
O que coordena a situação
O manda-chuva, que ordena seus anjos
A prostituição

Dinheiro maldito, vindo da escuridão,
Não aceito pela sociedade,
Que mancha vidas
Roubam infâncias, compram corpos
No beco da solidão.
Lázaro ferreira Braun
12/12/09

ANJO MEU
Anjo que me guarda...
Anjo contador de histórias,
Anjo de linda feição,
Que encanta quando me toca.
Anjo, Anjo meu,
Anjo de lindas asas,
Que me levam para o mundo dos sonhos,
Que me levam para o mundo das fadas.
Anjo que por min intercede,
Carrega-me em suas mãos,
Beija-me a face, e esquenta meu coração.
Anjo,
Lindo anjo meu, te amo mãe.
Lázaro Ferreira Barbosa
27/11/2010

A Viúva
A minha solidão
Não consigo deixar em casa
Entre milhões me sinto rara e pequena palha
Ao olharem minha feição tristonha,
E o meu corpo de Afrodite
Curiosos, procuram minhas lágrimas de viúva,
Que enxáguam meus calejados pés
De tanto sofrerem torturas
De um ex e falecido marido
De quem apanhava sem ternura.
Mas, com toda certeza: “é melhor assim!”
Ele lá e eu cá!
Com minha solidão passageira
E marcas pra vida inteira.
Lázaro Ferreira Braun
01/11/10

A dor do amor
A dor de amar...
E não ser correspondido
É a dor do triste amor que,
De ilusões e vontades sobrevive em meu coração,
Querendo exercer sua função de amar sem limites,
Condição, ou receios de cor, altura ou sexo.

Mas o que me impede realmente
É a dor de não poder amar,
Que aos poucos vou superando,
Com minhas ilusões e vontades
Que, de surreais
Tornam-se reais a cada instante.
Lázaro Ferreira Braun
23/11/10